Produzido apenas em anos de colheita excecional, o Pêra-Manca tinto foi apresentado pela primeira vez em 1990. Segundo Pedro Baptista, enólogo da Fundação Eugénio de Almeida, a “colheita tinto 2011 responde aos critérios de qualidade extrema a que este vinho obriga. Na vindima de 2011 o ciclo vegetativo da videira caraterizou-se pelo desenvolvimento das plantas em condições de humidade e temperatura bastante amenas que possibilitaram uma maturação lenta e equilibrada”. Elaborado a partir das habituais castas Trincadeira e Aragonez, provenientes de talhões de uma das vinhas mais velhas da Fundação Eugénio de Almeida, “foi possível a obtenção de um vinho bastante equilibrado e elegante, com uma frescura ímpar para o habitual na região”, complementa o enólogo.
O Pêra-Manca tinto 2011 fermentou em balseiros de carvalho francês com temperatura controlada a que se seguiu maceração pós-fermentativa prolongada. Estagiou dezoito meses em tonéis de carvalho francês, tendo sido engarrafado em Abril de 2013. O estágio em garrafa foi feito, como é tradição, nas caves do Mosteiro da Cartuxa. Exibe cor granada viva e densa. O aroma é cheio e complexo, com notas intensas de fruta madura, especiarias e um suave tostado muito delicado. Na boca mostra fruta profunda, muito denso e concentrado, com estrutura e volume de taninos firmes mas muito elegantes. Complexo, de acidez equilibrada e elevada frescura, surge concentrado e complexo, terminando com suaves notas balsâmicas conjugadas com fruta densa e envolvente.
Sistema inovador de Segurança:
A nova edição do mais emblemático vinho tinto da Fundação Eugénio de Almeida, é apresentado ao mercado com um inovador sistema de segurança que permite ao consumidor garantir a sua autenticidade. O sistema consiste num código, associado à utilização de uma imagem holográfica, incorporado na cápsula da garrafa, que pode ser validado no sítio da internet da marca, dando assim a garantia de aquisição de uma garrafa original.
José Mateus Ginó, Diretor Comercial da Fundação Eugénio de Almeida, admite que “perante as tentativas de práticas fraudulentas no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos topo de gama, importa conceber métodos fiáveis que permitam assegurar essas situações e, acima de tudo, proteger o consumidor de fraudes ou falsificações garantindo-lhe aautenticidade do vinho que adquire”. O mesmo responsável sublinha ainda que “a Adega Cartuxa tem procurado seguir uma estratégia de inovação constante ao longo dos últimos anos”.
Adega Cartuxa:
A Fundação Eugénio de Almeida é herdeira de uma longa história no sector vitivinícola, com a cultura da vinha a fazer parte da tradição produtiva da Casa Agrícola Eugénio de Almeida desde o final do Séc. XIX.
As uvas que atualmente resultam da produção obtida nos 600 hectares de vinha explorada, são vinificadas na moderna e sofisticada Adega Cartuxa – Monte Pinheiros, herdade que outrora foi centro de lavoura da Fundação Eugénio de Almeida e que hoje permite realizar uma efetiva capacidade de refrigeração, triagem da totalidade da uva à entrada na adega e movimentação e transferência de massas unicamente por gravidade.
A Adega Cartuxa – Quinta Valbom, antigo posto Jesuíta, onde já em 1776 funcionava um importante lagar de vinho, é desde 2007 o centro de estágio de vinhos e também sede do Enoturismo Cartuxa.
Fundação Eugénio de Almeida:
A Fundação Eugénio de Almeida é uma Instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Foi fundada em 1963 pelo Eng.º Vasco Maria Eugénio de Almeida com a missão de promover o desenvolvimento integrado da região de Évora numa perspetiva de valorização do capital humano e da sustentabilidade, através da criação de oportunidades culturais, educativas, sociais e espirituais para as pessoas. Trata-se de um lugar que bem merece uma visita, desde o Enoturismo, à própria sede da Fundação, com uma história incrível, e também às adegas onde nascem alguns dos míticos vinhos portugueses apreciados no mundo inteiro.