A célebre região do Minho usa técnicas tradicionais com receitas elaboradas como forma de interpretar a cozinha popular enraizada nas velhas tradições.
Esta região tem uma fortíssima ligação às suas origens, mantendo ao máximo a sua preservação e as tradições ancestrais, que marcam a identidade não só da região mas, sobretudo, de um povo.
A cultura minhota pode ser caracterizada não só pelos seus icónicos trajes, que são reconhecidos a nível nacional e internacional, mas também pelo seu rico património cultural e pela sua gastronomia, possuidora de uma tradição que envolve todos aqueles que se entregam de alma e coração à degustação minhota.
A riqueza de sabores e receitas é uma forma de receber da melhor forma os visitantes, pois comer e beber bem é sinal de hospitalidade, uma característica já bastante enraizada entre a população.
A gastronomia da região do Minho é bastante variada, contando sempre com os mais frescos legumes dos campos minhotos, carne de uma riquíssima pecuária praticada na região e também a lampreia, pescada pelos habitantes da região e uma das protagonistas de muitos dos pratos típicos da região minhota.
Bacalhau é protagonista da região
Como grande protagonista desta região temos o bacalhau à Minhota, que é confecionado numa cama de batata frita cortada em rodelas e acompanhado pelos legumes fresquíssimos regionais, o cabrito e a lampreia que se encontram lado a lado no que toca a fazer as delícias de todos os que visitam a região minhota.
Estas características típicas da gastronomia inserem-se num clima de hospitalidade que complementam a oferta turística variada em que as opções não se esgotam, entre visitas aos monumentos mais icónicos, mas também em passeios pelas belíssimas praias do Minho, e a variedade cultural, tudo isto em conjunto com a bela paisagem local, destacando-se a parte rural.
A carne dos animais criados de acordo com o saber-fazer local e a lampreia pescada nas proximidades são as estrelas de inúmeros pratos como as famosas papas de sarrabulho à moda de Braga e os rojões à Minhota.
O caldo verde, tipicamente português, faz-se representar bastante bem no Minho, usando os melhores produtos hortícolas locais e os enchidos, como o chouriço ou o salpicão, em cada prato de caldo verde, para potenciar todo o seu sabor tipicamente português, fazendo-se sempre acompanhar por pedaços da célebre broa de milho. São estas as iguarias que complementam o prato de caldo verde, que é um dos prediletos da população local.
Todos estes pratos são ladeados pela doçaria conventual regional como as barrigas-de-freira, os fidalguinhos e pastéis de São Francisco, ou simplesmente pelo tradicional arroz doce, aletria, sonhos e Pão-de-ló que se fazem sempre representar à mesa minhota, tipicamente, nas épocas mais festivas.
Todas estas iguarias alegram a nossa mesa, seja numa tasca típica ou nos restaurantes gourmet, onde serão garantidos belos momentos gastronómicos e prazer a todos os que visitam esta região e procuram uma degustação de uma enorme qualidade.
Doçaria conventual predominante
Os doces conventuais, tal como o nome indica, têm a sua origem nos conventos portugueses, caracterizados por serem na sua grande maioria confecionados recorrendo, sobretudo, ao uso de grandes quantidades de açúcar e de gemas de ovos.
A doçaria chamada de doçaria conventual é tipicamente portuguesa e encontra-se um pouco por todas as regiões do nosso país, tendo um enorme destaque na doçaria minhota, e sendo bastante aprecisada entre todos os habitantes locais e também aqueles que visitam as terras minhotas.
Os doces conventuais adquiriram especial notoriedade após o século quinze, com a divulgação e expansão do açúcar.
O uso excessivo de gemas de ovos deve-se, sobretudo, à utilização da clara dos ovos para engomar as roupas vistosas dos homens mais ricos, bem como elemento purificador na produção do vinho. Como tal, e para não haver desperdício, as gemas eram utilizadas na doçaria denominada, atualmente, de conventual.
Passadas de geração em geração, mantendo sempre a tradição e o saber-fazer milenar, estas receitas chegam às nossas mesas despertando o paladar e os valores antigos.
O acompanhamento dos pratos principais poderá ser feito por saborosos legumes ou pela característica castanha, um dos ex-líbris não só da região do Minho, mas também da região de Trás-os-Montes, e que compõem uma parte fundamental dos saborosos pratos.
Todos estes produtos locais e regionais que realçam os sabores próprios de cada produto conferem uma sensação enorme de satisfação abrindo portas à convivência e confraternização, típicas do povo mais a norte de Portugal.
Condizendo com este cenário, reina o vinho verde, leve e fresco, característico desta região, reconhecida pela excelência de vinhos brancos.
Comer e beber significa bem-estar nesta região.