Promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, o EA Live Lisboa juntou sete bandas e cinco DJ’s no Campo Pequeno, numa tarde e noite com momentos únicos e que deixa o dia 12 de outubro na memória de todos.
Às cinco em ponto, o DJ Isac Ace deu início ao som de Sexual Healing, de Marvin Gaye, enquanto o público foi entrando, e enchendo lentamente a arena da praça.
A seguir, subiram ao palco os PAUS, a primeira das sete bandas a fazê-lo. Som poderosíssimo, novas m+usicas reveladas pelo disco novo YESS e primeira conquista do dia.
A seguir foi a vez do DJ Nuno Calado antecedendo a entrada dos Keep Razors Sharp num concerto com algumas passagens pelo novo Overcome e os ambientes psych e shoegaze em que a banda gosta de viajar e que não deixam ninguém indiferente.
O Campo Pequeno estava composto e como já tinha sido prometido, e numa analogia feliz com a marca EA que tanto já está ligada à música moderna portuguesa, era ali que estavam reunidas castas musicais das melhores proveniências.
A música não parava: Nuno Calado regressou aos pratos e Tiago Norte – mais conhecido por Stereossauro – avançou para o palco. A sua mistura de electrónica e portugalidade fundiu-se na perfeição com as projecções que se faziam ver na gigantesca cortina de 30 metros de comprimento. A sua atuação foi abrilhantada com as actuações de Gisela João e NBC, cantores convidados.
Logo a seguir ao DJ set de Isilda Sanches, chegaram os Diabo Na Cruz com quarenta minutos irrepreensíveis de festa diabólica, com o público a dançar e a cantar os temas em coro.
A festa continuou e foi grande ecom os Capitão Fausto em palco num Campo Pequeno demasiado… pequeno para tudo o que estava a acontecer.
Mais um intervalo numa altura para reabestecer os copos nas bancas EA e usufruir do DJ set de Da Chick
De seguida os The Gift que continuam a ser um caso muito sério em palco, numa espécie de Best Of, uma mini-celebração de carreira. E o público ajudou, cantando a plenos pulmões Music ou Big Fish, temas emblemáticos da banda de Alcobaça.
A seguir, havia um regresso a celebrar. E que regresso: Gabriel O Pensador voltava a palcos portugueses.
O cantor brasileiro entrou literalmente a matar com Tou Feliz (Matei o presidente), tema de início de carreira mas que o rapper ligou com o momento actual do Brasil. E até ao fim foi sempre a crescer com quarenta minutos que para toda a gente souberam a pouco.
Os corpos queriam mais festa e mais dança. E foi o que o set de DJ Ride ofereceu, até que finalmente, e porque tinha de ser, o recinto ficou vazio.