A Quinta da Pacheca, a Quinta São José do Barrilário, ambas no Douro, e a vinícola Caminhos Cruzados, juntam-se e dão origem a um novo grupo empresarial ligado aos vinhos e enoturismo: o Grupo Terras e Terroir.
Depois de adquirirem em 2012 a Quinta da Pacheca, implantada em Lamego, e em 2017 a Quinta de São José do Barrilário, em Armamar, os empresários Paulo Pereira, Maria do Céu Gonçalves e Álvaro Lopes fecharam agora aa compra da Caminhos Cruzados, empresa vinícola implantada em Nelas, produtora de vinhos no Dão, e detentora das marcas Teixuga e Titular.
Os donos da Agriberia, a maior distribuidora de produtos portugueses em França, anunciaram a 9 de dezembro a criação do Grupo Terras e Terroir, que passa a integrar estas três propriedades vinícolas e de enoturismo, prevendo “criar sinergias entre as empresas, bem como estender o ‘know-how’ económico e técnico a outras regiões do país”, avançou o ‘Jornal de Notícias’.
“Temos uma real paixão por produtos de origem portuguesa e por tudo aquilo que é mais genuíno no nosso País, e uma dessas coisas é o vinho, secularmente ligado à nossa história e às nossas raízes”, referem os empresários, acrescentado que com o investimento feito agora na Caminhos Cruzados “pretendemos criar sinergias entre as empresas do Grupo, bem como estender o nosso know-how económico e técnico a outras regiões do país, também elas afamadas pela qualidade dos seus vinhos e terroir”.
Com uma rede de distribuição consolidada, quer a nível nacional quer no mercado externo, o Grupo Terras e Terroir entende que pode oferecer à Caminhos Cruzados “um modelo de gestão mais profissional, alguma folga financeira e um projeto integrado que vai fazer cimentar a posição das marcas no mercado”.
Ao ‘Jornal de Notícias’, os três sócios garantiram que “grande parte da atual equipa da Caminhos Cruzados, cerca de 15 pessoas no total, irá manter-se, pelo que a transição dar-se-á de forma fácil e sem constrangimentos de maior”. À frente do projeto criado em 2012 por Paulo Santos, empresário têxtil, vai manter-se Lígia Santos, filha do anterior proprietário, que trocou Lisboa pela Beira Alta.
A Caminhos Cruzados controla cerca de 42 hectares de vinha, todos localizados a menos de seis quilómetros da Quinta da Teixuga, onde está a maior extensão produtiva e também a adega que custou dois milhões de euros. Inaugurada em 2017, tem capacidade para vinificar 500 toneladas de uva por campanha, o equivalente a cerca de 400 mil garrafas de vinhos brancos, tintos e rosés e reservas.
Ao produtor de vinhos beirão, que tem Manuel Vieira e Carlos Magalhães como enólogos consultores, os proprietários do Grupo Terras e Terroir consideram, citados num comunicado enviado à imprensa, que podem oferecer “um modelo de gestão mais profissional, alguma folga financeira e um projeto integrado que vai fazer cimentar a posição das marcas no mercado”.